PF prende líder indígena suspeito de liderar derrubadas de torres da Eletronorte

A Polícia Federal (PF) prendeu, nessa segunda-feira (4), um cacique da Reserva Cana Brava, situada na região Central do Maranhão. O Guajajara é suspeito de incentivar atentados contra torres de transmissão/distribuição de energia elétrica na região.

A PF informou que somente neste ano, cinco torres de transmissão foram alvo de algum tipo de atentado por parte dos indígenas.

Além da prisão preventiva do líder indígena, a Polícia Federal cumpriu seis mandados de busca e apreensão, expedidos pela da 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do Maranhão, em desfavor de outros indígenas da Reserva, suspeitos de praticarem os atentados contra as torres de transmissão.

As investigações apontam que o líder indígena da Reserva Cana Brava é suspeito de ser o principal responsável por incentivar os indígenas a praticarem os atentados.

O cacique seria o responsável por direcionar as ações de parte de seus seguidores, prejudicando a implantação das ações de etnodesenvolvimento a que os povos originários têm direito, em razão da servidão administrativa existente no local onde vivem.

Além disso, o cacique é suspeito de ser o mandante do roubo de dois veículos de uma concessionária de serviço público, dentro de uma aldeia indígena. Sendo que o líder indígena já foi indiciado em outros dois inquéritos policiais pela prática dos mesmos crimes.

O cacique e os outros indígenas, alvo da operação, são investigados pelos crimes de atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública, roubo qualificado e associação criminosa.

Com base na representação da PF, os investigados estão proibidos de se aproximar a menos de 150 metros de torres, equipamentos, maquinários, veículos, funcionários, terceirizados e prestadores de serviços relacionados a concessionária de serviço público.

A Polícia Federal destaca ainda que as linhas de transmissão presentes no território indígena Cana Brava são responsáveis pela distribuição de energia elétrica a parte significativa da Região Nordeste.

Os atentados a essas linhas de transmissão teriam a capacidade de abalar o Sistema de Transmissão Nacional e ocasionar o corte do fornecimento de energia elétrica a milhões de pessoas, além de prejuízo a serviços públicos essenciais, a exemplo da assistência a pessoas em leitos de hospitais.

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Imirante.com