Prefeitura, Dona das divinas tetas…

A sobrevivência no marasmo, na acomodação da dependência do poder público, chamamos no popular: MAMATA. Trata-se de uma benesse sem sentido, pelo menos deveria ser, visto que difere muito da realidade do povo brasileiro. Por que um amigo, um parente, ou um servidor público teriam direito a essas benesses, se a maioria da população do município não as tem? A explicação para este ‘lucro’ que não advém de trabalho ou esforço, é vergonhosa.

O vicio deve-se a vários fatores, um deles, é a própria comodidade, salvo algumas exceções, “trabalhar” para Prefeituras é bem fácil, às vezes nem precisa comparecer ao local da prestação dos serviços ao qual foi contratado. Outro fator comum, mas não menos importante, é a falta de competência profissional. Tem pessoas que tem medo de enfrentar os percalços da vida e, terminam encontrando nas Prefeituras a maneira de sobrevivência, ficando subserviente e acomodado com o sistema. Alguns até estudam e conseguem uma formação profissional. O que adianta você fazer um curso, gastar com estudos, ter uma formação profissional e não exercer esta profissão? A justificativa geralmente pode ser observada de forma simples, tendo em vista que o dinheiro gasto com os estudos não foi ganho de forma sadia, não houve esforço nenhum para ganhá-lo.

Em final de mandato, surge à possibilidade da MAMATA terminar, ai vem o desespero em alguns “colaboradores” do sistema. Bate logo a idéia que vai ficar “desempregado” e, não vai mais ter as benesses do seu atual “empregador”. Como a pessoa não tem sustentação própria, nem financeira, nem intelectual, o que acontece? Desespero total. Alguns partem para os extremos, levam a defesa do seu grupo político na “ponta da chuteira”, é chute para todos os lados e, salve-se quem puder. O que importa nesses casos é manter a situação de sobrevivência, de comodidade e subserviência.

Em época de eleição começa aparecer às mazelas para tentar atingir o adversário. É óbvio que existe muita gente despreparada ocupando importantes cargos, em todas as esferas do governo. Serve o interesse daquele momento. Ninguém está preocupado se vai ser bom ou não para a sociedade. Se atender os objetivos de poder, tudo bem, pode ser qualquer um, basta ter a indicação. E isto às vezes torna-se um verdadeiro desastre para a administração.

Não sou contra quem trabalha para órgãos públicos, mas não podemos entender como correto, que os órgãos públicos sejam cabides de empregos, onde cada gestor acomoda seus “protegidos” como se fosse uma empresa privada. Colaboradores honestos e competentes têm aos montes e a disposição, o que falta é oportunidade. Mas como ter oportunidade, se as vagas não são preenchidas por competência, e sim por indicações políticas e de parentes?

Para os que estarão incomodados com a explanação do tema e, estão vestindo a carapuça, com certeza vão apelar para o lado pessoal. Geralmente são as pessoas que estão com os seus interesses contrariados e, fazem questão em usar argumentos escusos para tentar denegrir a imagem pessoal, pois lhes faltam argumentos e conhecimentos para debater os temas propostos nos artigos. Vou adiantando que eu nunca trabalhei para órgãos públicos, nunca prestei favor e nunca precisei de nenhum favor do poder público. Sou independente financeiro e politicamente. Não sou procurador dos meus parentes e, como pessoa física, falo e respondo pelos meus atos. Não sou a favor se algum parente é “colaborador” de algum órgão público e permanece no cargo por alguma força que não seja a da competência. Não concordo com empregos via nepotismo, clientelismos, paternalismos, corporativismos e, qualquer outra forma que não seja pela competência e pelo conhecimento, pois todos tiveram oportunidades para desenvolvimento profissional, sem necessidade de estar à disposição do poder público.

A oferta de “MAMATA” é um fantástico instrumento de poder, de domínio, de controle da sociedade. Serve fundamentalmente aos governantes, tendo às vezes, efeitos colaterais graves e, o atraso no desenvolvimento da sociedade.

Mas, é só o início da campanha. Deixamos aqui, para finalizar, a famosa frase do “letrado” ex-presidente corintiano, Vicente Matheus: “O jogo só acaba quando termina”.

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