Por Fralklin Carvalho

384702_209971475742156_1658280771_nVagueando em mais uma noite pós-rotina, já próximo à meia noite, visito o site G1, velho companheiro desses dias sem TV (sei que parece improvável um ser humano do século XXI sem televisão, mas essa saga ficará para outras prosas), e leio a matéria falando sobre IDHM do ano de 2010. A título de informação, IDHM significa Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, ou seja, o tão famoso IDH na esfera municipal. Este, apesar de divulgado em 2013, refere-se ao ano de 2010, frise-se.

De modo geral o Brasil, evoluiu bastante. Basta ver que em 1991 nosso índice era considerado “baixo” (0,493), chegando em 2010 ao índice “alto” (0,727). No governo FHC, o crescimento do IDHM foi um tanto maior que no dos demais presidentes, tendo ocorrido uma leve diminuição na escalada de crescimento do índice no governo Lula.

Então, saí um pouco da análise nacional e voltei-me para a esfera regional. Fui “fuçando” índices de vários municípios do estado, comparando os vizinhos, os do Norte, os do Sul, enfim, essas coisas que você só faz no tédio da madruga…

Os indicadores de desenvolvimento dos municípios, na média nacional, cresceram, como já havia dito.  Nessas “análises”, encontrei dois pontos que me causaram surpresa, felizmente, para a melhor.

O primeiro foi o fato de Presidente Dutra apresentar índice considerado “médio” (0,653). De início, esse nível mediano pode parecer pouco, mas se compararmos com outras cidades do estado, maiores e com mais estruturas, veremos que, nossa sofrida Presidente Dutra não está, assim tão mal. Obtivemos IDH melhor que Bacabal (0,651), Barra do Corda (0,606), Caxias (0,624), Chapadinha (0,604), Pinheiro (0,637), por exemplo. Na nossa região central (entendam, municípios adjacentes) não encontrei nenhuma cidade que ultrapassasse nosso indicador.

Para esclarecer, esse índice de desenvolvimento é medido através de três quesitos. Assim, teve destaque o “Longevidade” (0,788), enquanto o quesito “Educação” (0,563) reduziu drasticamente o IDH presidutrense, triste realidade.

Esse resultado se contrasta com outro bem recente, que denuncia Presidente Dutra sendo a cidade mais violenta do estado, encontrando-se entre as cinquenta primeiras do país. Para os otimistas (como eu) esse IDH serve de alento, para os pessimistas: “mais um índice fictício”.

A outra surpresa foi São Luís, cidade que me acolhe tão bem. O índice de nossa capital atingiu nível “alto” (0,768), superou capitais próximas e maiores como Belém (0,746) e Fortaleza (0,754), além de nossa “vizinha” Teresina (0,751). Para alguns, pode causar espanto a capital maranhense superar a piauiense, visto que, em Presidente Dutra, principalmente em virtude de nossa proximidade com o Piauí, comenta-se frequentemente que Teresina possui melhor qualidade de vida que a de São Luís.

Para mim, esse resultado – obter indicador melhor que a capital piauiense –, não causa estranheza. A surpresa se dá por São Luís ultrapassar Belém e Fortaleza, o que, na minha jovem ignorância, imaginava ser improvável.

Pois bem, após conferir os destaques de Presidente Dutra e São Luís, dentro dos seus contextos, obviamente, fui dormir com um leve sorriso no rosto por saber que minhas queridas cidades estão se desenvolvendo, e com a preocupação/esperança de que os anos vindouros resguardem surpresas ainda melhores para ambas e para seus respectivos habitantes.

Franklin Carvalho é Presidutrense, Mora em São Luis e é Acadêmico de Direito na UFMA.

3 thoughts on “Um pequeno alento.

  • 1 de agosto de 2013 em 18:05
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    Sua conclusão está certa, mas espero que a cidade de Presidente Dutra evolua mais, pois pouco disponibiliza para um jovem. Não temos escolas para fazer um curso superior, tem apenas escolas de ensino fundamental e médio, onde não oferece locais com infraestrutura adequada, ainda mais existe professores mau preparados.

  • 5 de agosto de 2013 em 19:45
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    Fico feliz por Presidente Dutra. Pena que a Educação que deveria ser a força propulsora de desenvolvimento de qualquer sociedade é tão aviltada pelo poder público. Quiçá podemos um dia gozar de um governo que valorize a educação tal como ela merece.

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