Eleições 2014: O perfil de cada um

dino-boxeadorOs fatos da semana desenharam definitivamente o perfil pessoal, político e ideológico dos principais candidatos ao Governo do Estado: Flávio Dino (PCdoB) e Lobão Filho (PMDB). Em rápidas pinceladas, eles são o seguinte: Flávio Dino já foi do PT e é filiado ao PCdoB, se diz comunista, mas contraria, ostensivamente, os postulados ideológicos e éticos do partido. De dois anos para cá, adotou a versão “cristã” ao seu perfil, o que o torna um comunista fajuto. Politicamente, fazendo um jogo furta-cor. Eticamente, o seu perfil, pois a pedido do seu partido foi nomeado pela presidente Dilma Rousseff para a presidência da Embratur, cargo disputadíssimo, tempo em que jurou fidelidade ao governo do PT. Agora, alia-se festivamente ao maior e mais agressivo adversário da presidente, o tucano Aécio Neves, devendo em breve firmar aliança também com Eduardo Campos (PSB), outro adversário violento da presidente, que a bajulava até pouco tempo atrás. Com as alianças, o comunista incorpora os discursos do PSDB e do PSB contra Dilma e seu governo. Em resumo: a candidatura de Dino é um projeto pessoal, porque o grupo que a sustenta não tem cara nem guarda coerência.

LOBÃO FILHO-01Lobão Filho integra as fileiras do PMDB há pelo menos duas décadas como um político de centro, e até ontem não saiu um centímetro dessa linha partidária e ideológica. Empresário por profissão, é defensor intransigente da economia de mercado, tendo acrescentado a essa visão uma forte parcela de responsabilidade social. Está no mesmo grupo, formado há décadas pelo senador José Sarney e hoje comandado pela governadora Roseana Sarney desde quando passou a compreender o que é política, acompanhando o pai, senador Edison Lobão, de quem é seguidor fiel. Suplente de senador há mais de três anos no exercício do cargo, consolidou sua formação política na Casa onde ela é feita com arte. No plano nacional, seu compromisso é com a presidente Dilma, por cuja reeleição vai trabalhar duro. Seu partido é um só, seu grupo é um só e sua candidatura é uma decisão de grupo e não um projeto pessoal. Qualquer avaliação fora desses parâmetros será falsa e destinada apenas à manipulação.

Coluna Estado Maior

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