Sou Aniel Junior, filho da professora Maria Rita. Primeiramente, além de filho da professora, gostaria de acrescentar que também sou neto de uma costureira, nascido e criado no povoado do Angical. Minha mãe, com muita labuta e dificuldade, conseguiu guiar a mim e mais duas irmãs para que pudéssemos galgar algo melhor para nossas vidas, nos forjando fortes e com caráter, PRINCIPALMENTE RESPEITO ÀS PESSOAS, ricas, pobres, simples ou poderosas. Anos e anos de sala de aula formando os mais diversos homens e mulheres agora espalhados por todo este país, inclusive vereadores de Presidente Dutra. Além de filho da professora, fui 10 anos militar do Exército e com muito empenho e dedicação, consegui tornar-me Policial Civil do Distrito Federal ao qual já estou por 8 anos.
Chegando a este ponto é que venho repudiar TOTALMENTE a Justificativa do Requerimento feito pelo Vereador Franklin Torres Carvalho. Vergonhoso um ente público emitir um Requerimento público ao qual no seu corpo traz como justificativa o seguinte termo: “Lamentavelmente, no Século 21, retornamos a uma prática criminosa.” Quem retornou a esta prática, caro Vereador? Sua função de fiscalização não lhe dá o direito de colocar uma palavra como está, imputando crime a duas servidoras do município sem o DEVIDO PROCESSO LEGAL. Segundo a própria Constituição Federal no seu artigo 5º, diz: LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
Convocar um servidor público com mais tempo de trabalho prestados ao município, com mais tempo de sala de aula que o senhor provavelmente tenha de vida já é um absurdo, mas tudo bem, afinal é seu dever fiscalizar. Mas, como bacharel em direito que o senhor é, convocar alguém a prestar esclarecimento já expondo a todos qual o possível crime, sem manchar a história pessoal de cada cidadão, sem zelar pelo nome do cidadão é no mínimo uma falta de respeito e de suspeitar sua imparcialidade no fato.
Lembro ao Senhor que esta justificativa da forma que está, caso não se comprove o fato citado, cabe reparação junto à Justiça. Como advogado que o senhor é, mesmo não tendo qualquer conhecimento sobre investigação criminal, respeite ao menos um processo administrativo, apure os fatos e depois encaminhe a quem realmente pode é de direito. A justiça está aí pra todos, inclusive pra quem se veste de Bom Samaritano.