Fernando Henrique Cardoso, aquele que deu a Braskem à Odebrecht e seu PEDIDO DE SOCORRO cobrando a fatura.

Todo o caso construído pelo juiz Sérgio Moro envolvendo o ex-presidente Lula e a Odebrecht é baseado em delações premiadas de pessoas chantageadas pela Lava Jato e ilações. Nunca houve uma prova sequer de relações escusas entre Lula e a empresa, nem mensagem, nem gravação, nem documento algum; agora, revela-se que FHC mandava insistentes emails a Marcelo Odebrecht pedindo dinheiro para campanhas do PSDB, com o sugestivo apelo de “SOS”, mesmo sem nunca ter sido tesoureiro de campanhas de seu partido.

Trata-se do mesmo Fernando Henrique Cardoso que,  presidente da República, em 1997 mandou a Petrobrás assinar um acordo de exclusividade com a Odebrecht para “futuras parcerias” e, logo depois, em 2002, presenteou a empresa com a área petroquímica da Petrobras, para o nascimento da Braskem. A revelação das trocas de emails não é resultado de qualquer investigação da força-tarefa, mas de um insistente pedido da defesa de Lula para que os emails de Marcelo Odebrecht fossem periciado. No entanto, FHC passa ao largo da Lava Jato. 

Em reportagem sobre o assunto, o repórter Joaquim de Carvalho, do DCM, que revelou os emails, apontou: “Entre os emails, existem duas mensagens que, se tivessem a assinatura de Lula, o Ministério Publico Federal pediria a sua prisão perpétua — se houvesse esse tipo de pena no Brasil. Em uma das mensagens, Fernando Henrique Cardoso solicita diretamente a Marcelo Odebrecht doação para seu instituto. Em outra, Fernando Henrique indica um candidato para receber recursos da empreiteira.”

De fato, a Odebrecht doou quase um milhão de reais para o Instituto FHC e, segundo os emails, financiou a campanha dos candidatos por solicitação do ex-presidente tucano.

Em declaração ao Estado de S.Paulo (aqui), FHC, reconheceu ter pedido dinheiro a Marcelo Odebrecht: “Posso ter pedido, mas era legal. Não sei se deram e não foi a troco de decisões minhas, pois na época eu estava fora dos governos, da República e do estado”. O “príncipe”, como FHC foi conhecido ironicamente na Universidade e é tratado pela elite brasileira, não explicou suas relações com a empresa à luz de todos os favores prestados em seu governo.

Confira aqui o laudo da PF sobre os emails.

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Do Brasil247