Da coluna Estado Maior

Na sua tentativa de criar um clima de “terra-arrasada”, para justificar sabe-se lá o quê, a cúpula do novo governo maranhense convoca para hoje uma coletiva de imprensa em que pretende dizer como se encontra a situação fiscal do estado.

Trata-se de mais um teatro, como todos os demais criados na medida para repercussão em redes sociais e setores da mídia alinhados ao governo Flávio Dino (PCdoB) – com encomenda também à mídia nacional.

O que vier na entrevista – que deve ser protagonizada pelo chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares (PSB) – acabará por ser um desmentido ao próprio governador, já que este deixou publicamente claro, ainda durante a transição, a excelente posição fiscal do Maranhão.

E o que viu Flávio Dino – e reconheceu, diga-se – foi confirmado por números de órgãos respeitáveis de pesquisa e controle, como o Ipea e o IBGE, segundo os quais o Maranhão mantém apenas 39% da receita líquida em gastos com a folha de pagamento, situação considerada uma das melhores do Brasil.

Desde que se elegeu, Dino e seus aliados tentam criar a situação de que receberam um estado falido.

Como não conseguiram confrontar os números na transição, tentaram criar novo fato após a posse, também com dados e informações jogadas ao vento, sem nenhum dado oficial que as comprovasse.

Mais uma vez os fatos gerados pelo próprio Flávio Dino – como o anúncio de gastos em vários setores do governo – desmentiram as tentativas de gerar o caos.

A tentativa de Marcelo Tavares agora é mais uma para criar o clima que eles vêm buscando a qualquer custo neste início de governo. Por quê, é o que se precisa saber.

Afinal, como um estado em crise fiscal e endividado terá dinheiro para bancar a contratação de mil policiais, criar mais duas secretarias, investir no programa “Mais Bolsa-Família” e, principalmente, bancar a recuperação e pavimentação de ruas na capital maranhense?

São perguntas para Marcelo Tavares responder…

One thought on “Mise-en-scène

  • 11 de janeiro de 2015 em 16:15
    Permalink

    pode alguém querer tampar um buraco do tamanho do Maranhão com um punhado de terra?

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